quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Turquia - Dia 13 - Antalya (passeio de barco)

Dia 13 (07/07/2011 - quinta)


   
Passeio de Barco - Jet Simbad



     Tínhamos o dia livre no pacote e resolvemos passear de barco.  Ouvimos falar de uma cachoeira que desagua diretamente no mar (Düden Waterfalls) e de uma cidade antiga que está no fundo do mar devido a um terremoto (Kekova).  Há também a cidade onde está a Igreja de São Nicolau (o Papai Noel), Demre/Myra.
     Conversamos com o recepcionista do hotel: ele nos disse que os barcos saindo do porto antigo não são muito bons e indicou um passeio de dia inteiro de gulet (tradicional barco de madeira) saindo do porto de Kemer - o tal Jet Simbad.  Fechamos o passeio achando que iríamos a Kekova.  
     De manhã cedo, uma van veio nos buscar e nos levou para a agência do barco, na periferia de Antalya.  Chegando lá, havia uma mulher russa cuidando da agência - perguntamos qual era o roteiro - ela até explicou mas não entendemos nada.  Embarcamos, depois de esperar um bocado, em um ônibus velho ("Falei pra você só pode ser Cilada!!!").  O motorista era um senhor bem gordinho, que fumava (não era só um cigarrinho não, era um atrás do outro) dentro do ônibus!!!  Ninguém merece.  O ônibus foi parando em vários hotéis pelo caminho, em várias cidades desde Antalya até Kemer.  Foi um alívio chegar no porto e entrar no barco.   
     Sentamos em um cantinho e não demorou muito para começarem a fumar perto da gente.  Ui.  Brasileiro desacostumou de cigarro, hein?  Ficamos mais de uma hora parados no porto e ainda entraram mais dois ônibus cheios de gente no barco, fora o nosso, no barco, a maioria  russos.  Na saída para o passeio começou a farofa:  uma performance do Titanic feita pelo barman e pelo fotógrafo.  Aqui tem um vídeo de 2008 com um "espetáculo" mais antigo, no mesmo barco.
     Foram 5 horas de som bombando, com todo tipo de música pop turca e internacional.  Bizarro.  
     A primeira parada foi em Phaselis, uma cidade lícia antiga localizada entre as montanhas Bey e o Parque Nacional Olympos.  A cidade foi fundada em 700 a.C. por gregos vindos de Rodhes.  Devido à sua localização em um istmo entre dois portos, se tornou a cidade portuária mais importante da Lícia oriental e um ponto importante de comércio entre Grécia, Ásia, Egito e Fenícia.  A cidade foi capturada por persas depois e posteriormente tomada por Alexandre o Grande.
    Após a morte de Alexandre, a cidade permaneceu sob controle egípcio de 209 a 197 a.C., sob a Dinastia Ptolemaica. Com o advento do Tratado de Apamea, Phaselis foi entregue ao rei de Rodhes juntamente com outras cidades da Lícia e assim permaneceu de 190 a 160 a.C., para depois ser absorvida pelo Império Romano.  Phaselis, assim como Olympos, estava constantemente sob a ameaça de piratas.  Assim, passou a ter sua importância diminuída com as perdas causadas por navios árabes, até ser completamente abandonada no século XI d.C.  
     Havia um templo dedicado a Atenas em Phaselis, onde a lança de Aquiles era exibida.   Foi a terra natal de Theodectes e também era famosa por suas rosas, das quais a essência era extraída.  A cidade possui três portos:  o Porto do Norte, o Porto de Batalha e Porto Protegido ou do Sol, dos quais este último é hoje o mais importante.  Uma rua de 24 m de largura atravessa o centro da cidade.  Há ruínas de lojas em ambos os lados da rua e perto delas há prédios públicos tais como os banhos, a agora e o teatro, que são estruturas do século II d.C.  Há canais de água entre o centro da cidade o platô de 70m e muitos sarcófagos. Para saber mais sobre Phaselis, acesse este site.  
    Ao voltarmos para o barco, o almoço já tinha sido servido - e quase não conseguimos pegar mais nada para comer: um enxame de russos devorou a comida antes que pudéssemos chegar perto.  Se bem que não perdemos grande coisa, a comida era péssima.
   Depois de Phaselis paramos em uma baía muito bonita, onde se podia descer e nadar.  Ficamos no barco, esperando a próxima parada. A última parada foi em uma linda baía - descemos, tiramos fotos e nadamos um pouco.  Uma delícia, a água transparente permitia que víssemos o fundo do mar.
     O barco retornou para o porto em Kemer e começou a confusão de quem ia para onde em qual ônibus, uma desorganização generalizada.  Para minha profunda tristeza o motorista do nosso ônibus era o mesmo da vinda - eu já estava com enxaqueca, e a fumaça do cigarro no ônibus foi fazendo com que eu piorasse gradativamente.  O ônibus parou no caminho e a van estava nos esperando - respirei aliviada, pensando "agora falta pouco para o hotel".  Ledo engano!  O motorista da van ainda parou no meio do caminho para pegar não-sei-mais-quem - parou quase no meio de uma avenida, saiu, sumiu e nos deixou sozinhos no carro.  Que óidio, que réiva!  Depois de muita enrolação e de brigarmos com o motorista, chegamos aos farrapos de volta no hotel... Cruz credo!
      O litoral da Turquia é maravilhoso, lindo, com um mar de azul-turquesa intenso, cercado por montanhas.  Porém outro passeio num barco desses estou muito fora!

Fim do dia
       
        Depois de descansarmos e eu me encher de remédios para dor de cabeça, fomos jantar novamente no Seraser, do hotel Tuvana.  O Beef Wellington de lá foi realmente fora de série... Uma marravilha... E de novo o drink Istanbul, para ficar bem na lembrança!  Será que acerto fazer um desses em casa?
     Fomos dormir um pouco tristes, pois a viagem estava chegando ao fim... No dia seguinte pegaríamos um vôo de volta a Istambul, onde passamos mais dois dias, retornando no domingo para o Brasil.
       
Vídeo com todas as fotos do dia:


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